Um belo dia de sol no Parque das Ruínas, em Santa Teresa, com a vista para toda baía da Guanabara. Perfeito para ouvir criações originais em experimentações sonoras e de arranjos eletrônicos. Mulheres do som e da performance que investem em propostas de mudanças na nossa cultura, esta que nem é mais tradição (restrita a certas épocas e grupos populacionais), e nem poderá ser somente representada como um produto na prateleira do supermercado. Ela é tudo que somos e já fomos. Ela é viva, e contemporânea!
Ampliar a escuta, abrir-se a novas experiências estéticas, e entender a experimentação na música em seu sentido político. Quebras de padrões convidam à trans/formAção.
Créditos: Logomarca por Hanna Halm; Fotografias de Coletivo CLAP.
Informações sobre a mostra e as artistas na página criada para o evento:
https://www.facebook.com/events/353392132001453/
“Hibrida Digital é
inquietação
rasgando definições rígidas
silêncio no caos
água do mar
reinvenção sonora
na metrópole
conexão radical com a naturezaTudo que fazemos é mediado por tecnologias. É preciso criar espaços para experimentá-las de maneira lúdica e criativa.
Queremos experimentação na música, na produção de arte sonora em performances e na música eletrônica! E, principalmente, que as mulheres tenham seu espaço profissional reconhecido.
Programação gratuita (com sugestão de contribuição voluntária no dia ♥ )
Intervenções Sonoras (Ruínas)
13:30h-14h30 | Verónica Cerrota e Fernanda PaixãoShow (Palco Terraço)
14h30-16h | Sereia Lab e Navalha CarreraElen Nas é artista visual e sonora, cantora e compositora, reedita o projeto Sereia Lab que a dez anos atrás foi uma performance subaquática de música eletrônica, para o show intitulado “Canções do Apocalipse” que conta com performances sonoras e músicas autorais com arranjos eletrônicos. Mais: www.sereialab.com
Fernanda Paixão é artista cênica, som, corpo, imagem e plasticidade se bifurcam nos seus trabalhos. Atualmente é mestranda na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), pesquisa e realiza performance e integra o grupo de pesquisa práticas performativas contemporâneas. Nesta mostra, apresenta a performance sonora “Interferência” . https://fpamoreira.wixsite.com/fernandapaixao
Navalha Carrera é a alcunha que a multi-instrumentista, arranjadora e compositora Natália Carrera usa no seu projeto solo, onde se apresenta unindo guitarra, sintetizador, bateria eletrônica e voz. A instrumentação restrita propõe um desafio, onde os arranjos procuram tirar o máximo de efeito dos poucos elementos disponíveis. Além desse trabalho, a musicista toca na banda da cantora Letrux (tendo co-produzido o álbum Letrux em Noite de Climão) e compõe trilhas para obras audiovisuais.
Verônica Cerrotta é artista sonora e curadora. Trabalha no campo da arte sonora, colocando a escuta e a paisagem cotidiana em foco. Suas produções são baseadas no uso de gravações de campo e oscilam entre a música experimental, e a paisagem sonora. https://veronicadaniela.bandcamp.com/
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A Mostra tem curadoria de Elen Nas (Sereia Lab), que junto às convidadas, participaram do Arte Sônica Amplificada do Oi Futuro e British Council, como início de uma bela iniciativa de agregar as mulheres e as informações a respeito de suas produções. Elen Nas realizou o projeto Sereia Lab a dez anos, antecipando-se à moda do “sereiismo” que foi viralizando, pouco a pouco, nos anos que seguiram. Sua exposição evocou o mito aquático como conceito literário e musical, mostrando uma pesquisa de Arte Eletrônica interativa com inovações bastante desconhecidas no ambiente da cultura carioca naquele período, de modo que houve uma mídia espontânea extraordinária. Na Globo News a visita à sua exposição incentivou uma longa matéria que foi ao ar no mesmo ano (2009), com o nome “novos caminhos da música”. A matéria procurou mostrar também, como artistas e compositoras estavam reinventando seus espaços e inovando no modo de produzir e fazer veicular suas produções.”
Colaboração no texto do evento: Camila Puni.