por Elen Nas

Recentemente em muitas discussões e encontros sobre o Chat GPT as pessoas comentam que pesquisam seus nomes na conversa com a inteligência artificial (IA). Elas então dizem que a IA não foi capaz de responder com fidelidade aos fatos. Que a IA alucinou, inventou, se negou a responder ou não soube responder.
Através destas experiências de observação e experimentações, não foquei simplesmente no outcome, ou seja, no resultado final apresentado pela IA. Imediatamente pensei que se a IA pesquisasse em qualquer ‘ferramenta de busca’ me daria informações mais precisas ou próximas, mas ela ou fez outro caminho ou se recusou. Ela, a inteligência artificial ou ele, o Chat GPT, se negou a falar de uma única pessoa (eu) com a desculpa que poderia invadir a sua (minha) privacidade. No Google, pesquisei meu nome e, apesar dos 207 milhões de resultados, já na terceira página há uma mescla de fontes.
A contradição me fez perceber que não está claro de onde advém a fonte de informação, ou seja, a base de dados que a Open AI utiliza para gerar um resultado. Isso me requereria uma outra pesquisa, mas logo desanimo quando percebo que os especialistas na área da computação demonstram não saber como explicar. Por exemplo, se o que gera os resultados do Google é um algoritmo que ‘conversa’ com filtros que podem priorizar certos resultados em detrimento de outros? E, neste caso a quantidade pode ser um elemento essencial, mas não somente. Por exemplo, o que faz com que os resultados para o meu nome, Elen Nas, sejam das primeiras páginas com links realmente relacionados a mim, se em quantidade o nome representa pouco dos 207 milhões de resultados? Imagino que há correlação da combinação de nome e sobrenome, a localidade, entre outros fatores. Estas são apenas suposições, mas venho dialogando com especialistas por muitos anos. A computação é uma caixinha de surpresas. dentro dela são travadas batalhas.
A gamificação do mundo já é um imperativo: GAN’s como ‘redes neurais adversárias’ me lembra, concomitantemente o ‘Guns n’Roses’ e o Jon Snow do Game of Thrones avisando que o inverno está próximo. Brincadeiras à parte, porque as redes neurais adversárias fazem um espelho desfocado baseado no que já existe – como os dados que são coletados das práticas humanas, sejam elas publicações de imagens ou textos – a única maneira delas não se tornarem um besteirol é tratarem de temas cercados por muitas referências verificáveis. Isto, consequentemente, diz mais respeito ao conhecimento do que à fofoca.
Em outras palavras, após um pequeno apanhado de casos concluo que perguntar ao Chat GPT algo que os sites de busca farão melhor é uma perda de tempo. A não ser que você queira elaborar uma ficção.
Quanto aos resultados sobre a fofoca no Google não me surpreendeu a existência de tantas referências. Há quem acredite que a fofoca têm um papel na história da ‘evolução humana’, o que estimula um tanto de estudos em psicologia, ciência cognitiva, história e filosofia. Mas esse post para mim é para ser quase uma pausa, um riso, no meio das excitações envolvendo os novos desenvolvimentos de IA. Não vou buscar fontes de pesquisa bibliográfica. Contente-se com o Google e avalie os resultados nas fotos de tela com senso crítico.
Pergunto, entretanto, o Chat GPT sobre o que ele sabe sobre a fofoca:
A fofoca é um comportamento humano comum, que envolve a transmissão de informações ou comentários sobre outras pessoas, muitas vezes sem sua permissão ou conhecimento. A fofoca pode ter diferentes formas, como boatos, mexericos ou difamação, e pode ser transmitida verbalmente ou por meio de mídias sociais e outras formas de comunicação.
Embora a fofoca possa parecer inofensiva ou até mesmo divertida para algumas pessoas, ela pode ter consequências negativas para as pessoas envolvidas. A fofoca pode prejudicar a reputação e a imagem de uma pessoa, causar danos emocionais e até mesmo levar a conflitos e problemas sociais.
No entanto, a fofoca também pode ter funções sociais positivas, como permitir que as pessoas compartilhem informações sobre outras pessoas ou situações e fortaleçam laços sociais com outras pessoas que compartilham seus interesses e opiniões.
Em resumo, a fofoca é um comportamento humano complexo e multifacetado que pode ter tanto aspectos positivos quanto negativos, dependendo do contexto e das intenções das pessoas envolvidas.
Em suma, existem problemas éticos de diversas ordens na fofoca e possivelmente o ‘prazer’ que os humanos têm ao praticar tal ato está fora do alcance dos robôs. Melhor assim.
Claro que eu escrevendo isso agora e não vou duvidar nada que alguém pode achar divertido fazer um App só pra redigir fofocas. Não será muito difícil. A filosofia da antiguidade clássica é repleta de fofocas. Fica a dica, mas na verdade não. Vou guardar esse post a sete chaves e cobrarei os direitos autorais da minha ideia. Hahahaha
Assim quem sabe as ‘mentes brilhantes’ se ocupam com algo que não seja tão dúbio em intenções desde sua origem. Claro que elaborar interações que ampliem a consciência das pessoas sobre o meio ambiente, o aquecimento global, a pegada de carbono, o acesso aos direitos fundamentais entre todas as questões de cidadania como o direito à saúde, trabalho, moradia, educação e cultura são fundamentais e urgentes. Quanto à diversão, é preciso criatividade para tornar as questões fundamentais mais divertidas do que parecem.